sábado, 28 de março de 2009

Variedades Linguísticas nº 2

Faça a versão da letra da música de Carlos do Carmo, Os Putos, do Português de Portugal para o Português do Brasil.

“Os Putos"
(J C Ary dos Santos e Carlos do Carmo)

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.
Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.
Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.
As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo
Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

domingo, 22 de março de 2009

Os erros mais comuns ao se escrever um texto .


1) Para “mim” fazer: “dublagem de índio em filme americano", o “mim” (pronome oblíquo) não faz nada porque não pode ser sujeito.
2) “Há” cinco anos “atrás”(redundância): há e atrás indicam passado. Dessa forma deve-se usar apenas “há cinco anos” ou “cinco anos atrás”.
3) Venda “à” prazo: não se usa o acento grave antes de palavra masculina, a não ser que esteja subentendida à moda.
4) Todos somos “cidadões”: o plural de cidadão é cidadãos.
5) Entre “eu” e você: Depois da preposição, usa-se mim ou ti ( o pronome pessoal do caso reto não pode ser regido de preposição).
6) Que “seje” eterno: o subjuntivo de ser e estar é seja e esteja.
7) Ela é “de” menor: neste caso o “de” não existe.
8) Creio “de” que: não se usa a preposição “de” antes de qualquer “que”.
9) Ela veio, “mais” você, não: usa-se neste caso o “mas”, conjunção, que indica restrição,oposição de ideia.
10) Falo alto porque você “houve” mal: neste caso o houve é pretérito do verbo haver (existência), ao se referir à audição usa-se “ouve”.
11)Derrepente”: a palavra não existe. A grafia correta é “de repente” .
12) Ela é legal: significa que ela obedece às leis e, não, que ela seja uma boa pessoa.
13) Vida Loka: não existe a palavra Loka em português. Louco é quem escreve Loko.
14) Disse que ia viaja, conhece e depois volta: Não existe, na Língua Portuguesa, nenhum verbo cujo infinitivo não termine em r. O correto é viajar, conhecer e voltar.

sábado, 21 de março de 2009

Variedades Linguísticas -Curiosidades

Português de Portugal e Português do Brasil .

Absolutamente: no Brasil, usa-se esta expressão no sentido negativo, para significar "não, de forma alguma" (diz-se também: "Em absoluto!"): "-Foi você quem me trouxe este documento? -Absolutamente! Eu nem entrei na sua sala hoje!". Em Portugal, contudo, usa-se como afirmação, confirmação do que foi dito.
Absorvente feminino: Penso higiênico
Alô ? Está lá ?
Camisinha: Durex
Durex: Fita-cola
Cafezinho: Bica
Calcinha: Cueca
Cego: Invisual
Chiclete: Pastilha Plástica
Comissária de Bordo: Hospedeira
Dentista: Estomatologista
Embebedar-se: Enfrascar-se
Ficar Menstruda: Estar com Histórias
Garis: Almeidas
Grupo de Crianças: Canalhas
Homessexual: Paneleiro
Impostos: Propinas
Injeção: Pica
Mulherengo: Marialva
Pãozinho francês: Cacete
Peruca: Capachinho
Professor Particular: explicador
Salva Vidas de Praia: Banheiros
Sapatão: Fufa
Sanitário: Salva-Vidas
Tesão: Ponta
Apelido: no Brasil, é alcunha, nome informal que se dá a uma pessoa. Em Portugal, é o sobrenome, nome de família.
Assobio: no Brasil, é o silvo emitido com os lábios. Em Portugal, é o apito, o pequeno instrumento oco que produz um som semelhante.
Bicha: no Brasil é gíria para designar um homossexual masculino. Em Portugal, significa simplesmente fila: "havia uma bicha enorme à porta do teatro".
Cápsula: no Brasil, recipiente oco que serve de veículo para um conteúdo qualquer. Em Portugal, é tampa de garrafa.
Dobrar: no Brasil, é envergar algo, produzir uma dobra. Em Portugal, significa dublar, substituir os diálogos e vozes de uma trilha sonora (de filme etc.) falada numa língua por trilha equivalente em outro idioma.
Fato: no Brasil, um acontecimento, uma ocorrência real. Em Portugal, com esse mesmo sentido, escreve-se "facto"; a palavra "fato" indica terno, roupa em geral: "Preciso comprar um fato escuro para ir amanhã à Ópera."
Garoto: no Brasil, menino. Em Portugal, é o nome popular do café com leite que se toma nos cafés ou restaurantes, sendo comum a distinção entre o "garoto claro" (mais leite do que café) e o " garoto escuro" (vice-versa): "Traz-nos dois garotos claros e alguns biscoitos."
Jornaleiro: no Brasil, vendedor de jornais. Em Portugal, é o que chamamos de diarista, trabalhador que recebe por jornada de trabalho.
Penso: no Brasil, conjugação do verbo "pensar". Em Portugal, é curativo que se usa em ferimentos leves; o modelo industrializado do tipo band-aid é chamado de "penso rápido".
Puto: tido como palavra chula no Brasil – garoto de programa, em Portugal é um termo dos mais inocentes: vem do latim puer, indica criança, garoto.
Rotação: além de todos os sentidos que o termo tem no Brasil, em Portugal indica uma rodada de campeonato esportivo: "O Benfica não perde há cinco rotações."
Roupa-velha: na maior parte do território Brasileiro, tem apenas o sentido óbvio, mas, em Portugal, refere-se também a uma espécie de ensopado feito com sobras de carne e legumes.
Tampão: no Brasil, tudo que se usa para tampar um orifício. Em Portugal, designa calota de roda de automóvel.
Velocípede: no Brasil, pequeno veículo com pedais e três rodas, geralmente para crianças. Em Portugal, é a nossa bicicleta, sendo que o veículo infantil é chamado "triciclo".

Origens da Lingua Portuguesa.

A Língua Portuguesa tem sua origem ligada ao Latim, língua inicialmente falada na região do Lácio, parte da Itália, onde vivia um povo chamado latino, fundador da cidade de Roma.
Nos fins do século III a.C, os exércitos de Roma chegaram à Península Ibérica e iniciaram o processo de romanização, isto é, de imposição de sua cultura aos diversos povos que nela habitavam: sua organização política, sua religião e sua língua.

Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles a língua romana popular, o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "Línguas "neolatinas") descendem. Já no século II a.C. o sul da Lusitânia estava romanizado
A língua tornou-se popular com a chegada dos soldados, colonos e mercadores romanos que construíram cidades romanas normalmente perto de antigos povoados de outras civilizações. Restaram poucos vestígios das línguas, anteriormente, faladas na região.

Entre 409 d.C. e 711, assim que o Império Romano entrou em colapso, a Península Ibérica foi invadida por povos de origem germânica conhecidos pelos romanos como bárbaros. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas. O latim popular começou a evoluir de forma diferenciada e a uniformidade linguística da península rompeu-se, levando à formação de um "Romance Lusitano".
Desde 711, com a invasão islâmica da península, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de milhares de palavras como, por exemplos, arroz, alface, alicate e refém.

Portugal tornou-se independente em 1143 no reinado de D. Afonso Henriques. No primeiro período do "Português Arcaico" - Período Galego-Português (do século XII ao século XIV), a língua começou a ser usada de forma mais generalizada, depois de ter ganhado popularidade na Península Ibérica e cristalizada como uma língua de poesia. Em 1290, o rei Dom Dinis cria a primeira universidade portuguesa em Lisboa (o Estudo Geral) e decretou que o português, até então apenas conhecido como "língua vulgar" passasse a ser conhecido como Língua Portuguesa e oficialmente usado.
No segundo período do Português Arcaico, entre os séculos XIV e XVI, com a expansão do império português advindo das grandes navegações, a Língua Portuguesa espalhou-se por muitas regiões da Ásia, África e Américas.
O período do "Português Moderno" (do século XVI até ao presente) teve um aumento do número de palavras originárias do latim clássico e do grego, emprestadas ao português durante a Renascença, aumentando a complexidade da língua.
Hoje, o Português é falado na Europa, na África, na Ásia, na Oceania e na América. A maioria dos falantes da língua encontram-se no Brasil onde é usada uma variedade linguística conhecida como português-brasileiro.

A Língua Portuguesa no Mundo.


A língua portuguesa, com mais de 240 milhões de falantes,
é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana. É,também, uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Ademais, encontram-se numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo onde se fala o português como,por exemplo, em Paris, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais.

domingo, 15 de março de 2009

A Narrativa é um gênero textual com características próprias que o distingue dos demais gêneros.
A Narrativa tem que ter: PENTE (personagens,espaço, narrador,tempo e enredo) + Conflito.

P ersonagens (principal e secundários)

E spaço ou lugar onde a história acontece

N arrador : Personagem – narrador de 1ª pessoa (eu);
observador - narrador de 3ª pessoa ( Fofoqueiro – observa tudo para contar depois );
observador onisciente ( deus da Narrativa – sabe e conta tudo dos personagens – o que o personagem pensa, fez ou ainda vai fazer).


T empo – quando a história aconteceu ( nem sempre está claro ou explícito no texto. Às vezes, descobre-se o tempo pelas descrição dos objetos, costumes e trajes de época, maneira de falar dos personagens, etc).
O tempo pode ser:
Cronológico ( o tempo da sucessão das horas, dias, meses – tempo do relógio)
Psicológico ( só existe na cabeça do personagem. Exemplo: relato de memórias – flash-back ).
E nredo é a própria história , os fatos narrados.

Conflito - elemento importantíssimo na Narrativa. Se não houver conflito, não teremos uma Narrativa. O Conflito é a tensão criada entre os personagens a partir dos interesses e comportamentos dos mesmos e/ou a partir dos acontecimentos relatados. É uma espécie de “nó dramático” que determina uma mudança de situação e exige uma solução a partir da qual a Narrativa marchará para o seu final.

Narrativa Musical

Procure os elementos da Narrativa (PENTE+ CONFLITO).

SERAFIM E SEUS FILHOS(Ruy Maurity)
São três machos e uma fêmea,
por sinal Maria Que com todos se parecia
Todos de olhar esperto
para ver de perto
Quem de muito longe é que vinha
Filhos de dois juramentos
todos dois sangrentos
Em noite clarinha
Ê A Ô
O João quebra toco
Mané Quindim, Lourenço e Maria
Noite alta de silêncio e lua
Serafim o bom pastor de casa saía
Dos quatro meninos, dois levavam rifles
Outros dois levavam fumo e farinha
Bandoleros de los campos verdes
Dom Quixotes de nuestro desierto
Ê A Ô
Serafim bom de corte
Mané, João, Lourenço e Maria
Mas o tal Lourenço, dos quatro o mais novo
Era quem dos quatro tudo sabia
Resolveu deixar o bando
e partir pra longe
Onde ninguém lhe conhecia
Serafim jurou vingança
Filho meu não dança, conforme a dança
Ê A Ô
E mataram Lourenço
Em noite alta de lua mansa
Todo mundo dessas redondezas
Conta que o tal Lourenço não deu sossego
Fez cair na vida sua irmã Maria
E os outros dois matou só de medo
Serafim depois que viu o filho Lobisomem
Perdeu o juízo
Ê A Ô
E morreu sete vezes
Até abrir caminho pro paraíso.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Prova da Embraer

Conteúdo Programático
GRUPO I
Língua Portuguesa: Interpretação de texto; sinônimos e antônimos;
ortografia oficial; acentuação gráfica; flexão de gênero,
número e grau do substantivo e do adjetivo; crase; emprego
de pronomes e verbos; emprego de preposições e conjunções;
concordância nominal e verbal; termos da oração.



Estudos Sociais: A Globalização e o papel dos blocos econômicos
na economia mundial; o mundo contemporâneo: a organização
geopolítica após o 11 de setembro, as questões ambientais
(protocolo de Kyoto); o processo de industrialização e
urbanização do Brasil na segunda metade do século XX e as
suas conseqüências; a estrutura fundiária no Brasil: estrutura
fundiária colonial, o êxodo rural: causas e conseqüências e a
luta pela terra no Brasil atual; autoritarismo e democracia no
Brasil: a forma de atuação da ditadura militar (1964 -1984) e as
estratégias de resistência; a organização do trabalho no Brasil:
a escravidão, o papel dos imigrantes no fi nal do século XIX e
início do século XX e a conquista dos direitos trabalhistas.


GRUPO II
Matemática: Operações com números inteiros e fracionários;
sistema de medidas usuais; números racionais relativos; regra
de três simples; porcentagem; juros simples; equação do primeiro
grau e sistema simples do primeiro grau; equação simples
do segundo grau; geometria plana (perímetro e área de
triângulos e retângulos); resolução de situação-problema

.
Ciências Naturais: Antibióticos – soluções e problemas; desenvolvimento
sustentável; desflorestamento e suas conseqüências;
drogas - categorias, efeitos, problemas sociais e de
saúde decorrentes; efeito estufa e aquecimento global; importância
da biodiversidade; métodos contraceptivos humanos;
poluição do ar e das águas; principais impactos ambientais
decorrentes de diferentes formas de geração de energia; problemas
da agricultura convencional; problemas simples do cotidiano
envolvendo as três leis de Newton; produção de derivados
do petróleo (destilação fracionada); redução, reutilização
e reciclagem de resíduos; situações simples do cotidiano que
envolvem a interpretação do conceito de densidade; situações
simples do cotidiano que envolvem movimentos (tempo, distância
e velocidade); transformações de energia; transmissão
do vírus HIV e sintomas da AIDS.


Redação
A redação será avaliada considerando-se:
a. Estrutura: forma narrativa em 3ª pessoa; organicidade e unidade
do texto; conteúdo: idéias fundamentais e coerentes e
clareza.
b. Expressão: domínio do léxico e da estrutura da língua (adequação
vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação).
c. Será anulada a redação que:
- fugir ao tema proposto;
- apresentar texto padronizado, quanto à estrutura, seqüência
e vocabulário comuns a vários candidatos;
- apresentar textos sob forma não articulada verbalmente
(apenas com desenhos, números, palavras soltas e ilegíveis).

terça-feira, 3 de março de 2009

Holocausto






O objetivo desta coletânea de imagens é lembrar o quase extermínio do povo judeu, nos campos de concentração nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Foram seis milhões de seres humanos mortos em nome da criação de uma raça superior, ideário de um governante totalitário. É necessário que saibamos a realidade dos fatos em toda a sua cruel dimensão para não permitirmos que a barbárie se repita. Esta é uma página da história da humanidade que todos nós gostaríamos que não houvesse acontecido. Os fatos aviltam a nossa condição de seres humanos.
Ivan Barreto dos Santos